sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Negociações tensas e via militar

UND: Assad já começa a precondicionar logo com quem o fim do apoio em armas aos rebeldes que querem derrubá-lo e se não atendido nenhum negócio virá. É tudo o que quer os falcões da guerra, os motivos para debilitarem este provável acordo sobre Síria proposto pela Rússia.


'Palavras do regime sírio não são suficientes', diz secretário de Estado dos EUA


Kerry não descarta ação militar  caso diplomacia falhe; ministro russo diz que acordo tornaria ataque desnecessário

Com um tom firme, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, deu início ao diálogo com a Rússia sobre a entrega de armas químicas pela Síria nesta quinta-feira (12) rejeitando a promessa do regime de Bashar al-Assad  de dar início a um "processo padrão" de fornecimento de informações. "As palavras do regime sírio, em nosso julgamento, não são suficientes", disse Kerry ao lado do chanceler russo Sergei Lavrov durante coletiva. "Isso não é um jogo."

AP
Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e chanceler russo, Sergei Lavrov, concedem coletiva sobre crise na Sìria

Os comentários de Kerry foram feitos em relação aos últimos acontecimentos da crise na Síria. Em menos de uma semana, o que parecia ser a iminência de uma intervenção militar americana retaliativa a um suposto ataque químico do regime Assad foi totalmente transformada diante do aceno positivo da Síria em cumprir com uma proposta russa de colocar o arsenal químico do regime sob controle internacional. Agora, Rússia e EUA discutem como fazer com que a difícil entrega dessas armas seja efetivada.
"Acreditamos que não exista nada padronizado sobre esse processo neste momento por causa da maneira com a qual o regime se comportou", acrescentou o secretário americano. Ele também mantém viva a ameaça de um ataque militar norte-americano, dizendo que a entrega de armas ao controle internacional deve respeitar um cronograma e ser completo e verificável - "e, além disso, haverá consequências caso não ocorra."
Dando um efeito mais dramático, o presidente da Rússia, Vladimir Putin fez um apelo aos americanos em um artigo publicado no New York Times contra a ação militar dos EUA na Síria. Além disso, o líder russo ainda criticou o fato de os americanos se enxergarem como "excepcionais", em uma aparente menção ao discurso de Obama , que ele fez para explicar por que acreditava que os EUA tinham de agir. O Congresso americano, que havia sido instado a votar sobre a retaliação militar, mostrava pouca inclinação para autorizá-la.
Putin também alertou que um ataque americano contra a Síria devido às armas químicas pode provocar uma nova onda de ataques terroristas. E ele ainda acrescentou que "há razões para acreditar" que os armamentos foram usados pelos rebeldes e não pelas tropas de Assad. De sua parte, Obama disse apenas que esperava que o diálogo entre Kerry e Lavrov produzisse um "resultado concreto".
As idas e vindas são uma indicação do quão desafiante será resolver a questão, enquanto Kerry, Lavrov e suas equipes de especialistas em armas químicas realizam dois dias de diálogo , com o objetivo de finalizar um acordo sobre como desmantelar as armas químicas em meio à confusão e os perigos da guerra civil na Síria.

Lavrov aparentemente discordou da visão negativa de Kerry em relação ao oferecimento de Assad de fornecer detalhes sobre o arsenal de seu país 30 dias depois de assinar uma convenção internacional que proíbe armas químicas .
O russo disse que a iniciativa deve prosseguir "em estrito cumprimento com as regras estabelecidas pela Organização para a Proibição de Armas Químicas", sugerindo que a Rússia não concorda com os EUA de que esse se trata de um caso excepcional e que a Síria deveria ser submetida a padrões mais rígidos que outros países.
"Partimos do fato de que uma solução para esse problema fará qualquer ataque contra a Síria desnecessário, e eu estou convencido que meus colegas americanos, como disse Obama, estão fortemente convencidos que devemos seguir o caminho da resolução pacífica para o conflito na Síria", disse Lavrov.
A desconfiança nas relações entre a Rússia e os EUA estavam aparentes nesta quinta-feira, mesmo com o aperto de mãos entre as duas partes durante a coletiva de imprensa. Pouco antes do fim da coletiva, Kerry pediu ao tradutor russo para repetir parte dos comentários conclusivos de Lavrov.
Quando ficou claro que Kerry não conseguiria uma tradução imediata novamente, Lavrov aparentemente tentou garantir a Kerry que ele não havia dito nada polêmico. "Está tudo bem, John, não se preocupe", disse. "Você quer que eu acredite na sua palavra?", perguntou Kerry. "É um pouco cedo para isso." Os dois sorriram e seguiram para um jantar privado. O diálogo será retomado na sexta-feira.
Os encontros em Genebra ocorrem após Assad, durante entrevista a uma TV russa, ter dito que seu governo começaria a submeter os dados de suas armas químicas um mês depois de assinar a convenção. Ele também afirmou que a proposta russa poderia funcionar somente se os EUA suspendessem as ameaças de retaliação militar.
Mas Kerry, que se encontrou mais cedo com o enviado da Liga Árabe para a Síria, deixou claro que essa ameaça permanece. "Presidente Obama deixou claro que caso a diplomacia fracasse, a força pode ser necessária para deter e degradar a capacidade de Assad usar essas armas", disse.
Com AP
http://ultimosegundo.ig.com.br

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