quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Mais sobre a crise nos EUA

Congresso americano ainda não chegou a acordo sobre orçamento

Líderes do Senado norte-americano esperam encontrar um acordo para encerrar a crise fiscal.
Líderes do Senado norte-americano esperam encontrar um acordo para encerrar a crise fiscal.
REUTERS/Joshua Roberts

RFI
 
 
Termina nesta quarta-feira, 16 de outubro de 2013, à meia-noite, pelo horário americano, o prazo fixado pelo Tesouro dos Estados Unidos para um acordo sobre o aumento do teto da dívida do governo americano. Republicanos e democratas ainda não chegaram a um entendimento, o que aumenta o perigo de moratória com consequências graves para economia dos Estados Unidos e também de outros países. Os mercados já reagem a esta crise política em Washington e pressionam os políticos americanos.

A agência de notação de risco financeiro Fitch anunciou hoje que já estuda rebaixar a nota da dívida americana, que atualmente é a melhor possível, AAA. A Fitch colocou os títulos da dívida americana a longo prazo em perspectiva negativa e assinalou que "as autoridades americanas não elevaram o teto da dívida a tempo".
A agência reafirma que as bases da economia americana são fortes, mas um calote, ainda que parcial, poderá sabotar a confiança no dólar, a principal moeda de reserva internacional.
O Tesouro americano já preveniu que não terá mais condições para contrair empréstimos nem para efetuar todos os seus pagamentos. Com 30 bilhões de dólares em caixa para os compromissos mais urgentes, o calote parcial pode começar a partir do dia 22 de outubro. Mas a partir desta quinta-feira, a Fitch estima que o Tesouro vai ficar exposto à volatilidade dos volumes de arrecadação e despesas, por isso a nota de confiança na dívida poderá recuar para de AAA para AA.
Impasse
Ontem, ao final de um dia caótico, em que os influentes parlamentares do movimento ultraconservador Tea Party mantiveram a pressão sobre o presidente Obama, os líderes democratas e republicanos no Senado avançaram num acordo que previa estender o limite de endividamento do governo até 7 de fevereiro e reabrir rapidamente as agências federais que estão fechadas desde 1º de outubro.
A última proposta do Senado também prevê o financiamento do governo até 15 de janeiro e a instalação de um comitê para redução do déficit para lidar com questões fiscais mais amplas. A expectativa é que esse acordo no Senado seja oficializado nas próximas horas. Mas a aprovação na Câmara, de maioria republicana, continua incerta.

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